sexta-feira, 12 de abril de 2013

LAMENTO A HOMOFOBIA E O RACISMO.


   
Vamos por um fim nessa guerra fundamentalista!

 DOR... Esse é o meu sentimento frente à relutância de alguns em aceitar as pessoas como elas são, justificando-se num fundamentalismo arraigado em preconceitos. Não sei o "seu" Deus, mas o "meu" Deus é um Deus de amor, não amaldiçoa ninguém, muito pelo contrário oferece a outra face: "Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, nem a túnica recuses;" Lucas 6:29.
Sou negra, trabalhadora, cumpridora dos meus deveres e conhecedora dos meus direitos, tenho minha vida dedicada à minha família e ao meu trabalho, não sou ofensiva, acredito na humanidade, e principalmente acredito que Deus está em TODAS as pessoas: “E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele.” 1 João 4:16. E que todas as boas energias são emanadas de boas palavras e boas ações.
Não venham me dizer que porque descendo do povo africano (com muito orgulho) sou amaldiçoada!!! Ora, os africanos já não sofreram o suficiente durante séculos de opressão ocidental? Não fomos explorados, assassinados, violentados, mutilados e usurpados o suficiente?
Ontem li um post no Facebook, na página de Universo Black, muito interessante e esclarecedor:
“Joao Avraham Roberto MARCO FELICIANO NÃO SABE DISSO: O pastor está redondamente equivocado com esta “exegese” bíblica de araque. Ele precisa estudar a Torá com alguém que possa lhe orientar. Vale ressaltar que os negros não são amaldiçoados, e sim abençoados, sabe porque? Porque Adam viveu na terra que tem um rio que circunda Cuxe (Etiópia=Africa), e que o legislador hebreu, Moshe (Moises) recebeu a Torá na Africa (Sinai) e que fora casado com uma africana por nome Shephora, e que Yossef, teve filhos africanos (Efraim) e que Avraham, que veio de Ur, na Mesopotâmia, teve um filho com uma princesa africana, chamada Hagar. E Moisés, passou 40 anos na Etiópia, ou seja, a “maldita” Etiópia! Pastor leia a benção sobre os etíopes no livro de Isaias 18 e verás que seu equivoco é desastroso… pois não sabes o que estás falando. Esses negros que você “amaldiçoa” grande parte deles são as tribos perdidas de Israel, os Lembas na Africa do Sul, os Ibos na Nigéria, os “Falassas” na Etiópia, entre outras tribos africanas. E o que dizer de Davi que ficou com Bat Sheba (Casa de Sabá, Etiópia), o que dizer de Salomão, pois ele era afrodescendente, que enalteceu uma africana chamada Makeda, "Rainha de Sabá". E para encerrar, leia o que diz o Profeta Amós 9:7 “Dalém dos rios da Etiópia os meus zelosos adoradores me trarão sacrifício” Vá estudar direito!
...e no seu EVANGELHO há uma passagem em Mateus que diz que "a rainha do sul se levantará no juízo e condenará toda esta geração" Sabes quem é a rainha do Sul, a Etiópia (Africa), portanto temos parte no desfecho final, vá estudar direito pastor!”
Outro dia vi um vídeo também muito interessante e esclarecedor de Eli Vieira, Biólogo, Mestre em Genética e Doutorando em Genética pela Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Gostaria de socializar, assistam! http://www.youtube.com/watch?v=3wx3fdnOEos
Nesse vídeo, Eli apresenta os estudos apontando que a questão da homossexualidade é sim genética. Ignorar a ciência é ignorar que existem pessoas que por séculos, ou ainda milênios estão se dedicando a pesquisar sobre diversas áreas do conhecimento! Quem ofereceu a inteligência a essas pessoas? Quem ofereceu condições para que pudéssemos conquistar mais conhecimento sobre nós mesmos? Lemos: “E peço isto: que o vosso amor cresça mais e mais em ciência e em todo o conhecimento”, em Filipenses 1:9.
Ver pessoas desrespeitando a condição de alguém
tão especial para mim, por conta de uma dita religião me traz tristeza e em alguns momentos, indignação. Contudo peço ao meu Deus que me dê condições de aceitar o outro, ainda que esse outro seja racista, homofóbico, enfim, preconceituoso. E que um dia essas pessoas possam conceber as diferenças que o próprio Deus depositou sobre a Terra.
João afirma que “Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama a seu irmão permanece na morte.” 1 João 3:14, sendo assim, quero ver onde está o amor nessas pessoas que tem utilizado o cyber espaço como um campo de guerra, numa batalha cheia de ódio, onde a vaidade pessoal de algumas pessoas valem mais que a vida, o amor e o respeito ao próximo.
Mas afinal, o que é o amor? “E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição.” Colossenses 3:14. Existe perfeição sem respeito, sem dignidade, e sem humildade???
Lembrem-se: “Mas quem fizer agravo receberá o agravo que fizer; pois não há acepção de pessoas.” Colossenses 3:25. Cuidado com os julgamentos!
Que a Paz de DEUS esteja com TOD@S nós!

Elen L. Prates
Arte/Educadora - Especialista em Arteterapia
Professora Formadora

terça-feira, 19 de abril de 2011

Oficina: Estratégias para elaboração de slides


Essa oficina faz parte do I Encontro da Tecnologia Educacional Digital, realizado pelo CEFAPRO-PLA. Tem como objetivo propor reflexões sobre como fazer com que as apresentações dos professores sejam atrativas, objetivas e que contribuam para a construção do conhecimento dos estudantes.
Abaixo seguem: slide e vídeos utilizados na oficina.

Estratégias para elaboração de slides







quinta-feira, 17 de março de 2011

As artes integradas

Isabel A. Marques em sua dissertação "Dançando na Escola" fala que:
A bandeira das artes como forma de conhecimento já é bastante conhecida e acenada por parte de arte-educadores, mesmo que em alguns casos não se revertam em prática efetiva. Este argumento tem sido, inclusive, um dos mais usados para convencer os meios escolares/políticos de que as artes devem ter um lugar no currículo escolar tanto quanto e com mesma carga horária das demais disciplinas do currículo.  
Havia um tempo em que se falava em apenas quatro linguagens artísticas (Artes Visuais, Dança, Teatro e Música). Bem, essas linguagens agora devem ser estudadas de maneira mais holística, afinal as mudanças sociais também se manifestam nas artes, tendo em vista que estas são a própria sociedade. Mas para discorrer sobre Artes Integradas é preciso abordar a discussão sobre Currículo Integrado. Para Ramos:
"a integração pressupõe o reestabelecimento da relação entre os conhecimentos selecionados. Como não pode compreender a totalidade, a seleção é orientada pela possibilidade de proporcionar a maior aproximação do real, por expressar as relações fundamentais que definem a realidade".
Essa proposta se dá através da organização e desenvolvimento do processo de construção do conhecimento como um sistema de relações entre as partes e o todo, criando uma totalidade concreta que se pretende explicar/compreender.
Deste modo, a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade se apresenta como currículo integrado em um novo discurso apresentando um olhar mais amplo tendo o trabalho como princípio educativo.  Lembrando que segundo as Orientações Curriculares - OCs os eixos do Ensino Médio no estado de Mato Grosso são: Ciência, Cultura e Trabalho. O trabalho aqui não se apresenta apenas no sentido fordista ou toyotista, mas como construção da autonomia do indivíduo, sempre ligado à ciência e cultura para que haja a formação integral do ser.
Sendo o ensino da arte uma proposta que envolve várias linguagens e o compreendendo como construção de conhecimento, nota-se a importância da integração dessas linguagens sem que ocorra a sobreposição de uma ou de outra, mas sua interrelação com o intuito de efetivar a construção desse conhecimento, ressignificando saberes, facilitando assim o processo de ensino/aprendizagem.
Mas como desenvolver isso na prática? A resposta não é tão fácil de ser dada, tampouco de ser entendida, todavia necessária na práxis docente.
Confesso que tenho receio de apresentar aqui uma receita, afinal esta serve para fazer um delicioso bolo de chocolate, para curar uma patologia, mas  não serve para a prática do professor ou da professora.
De qualquer forma a integração das linguagens artísticas, como a integração do currículo, deve ser base de reflexão a cerca da autonomia docente versus polivalência do professor ou professora, ou seja, como exigir que alguém com formação em Artes Plásticas desenvolva um excelente trabalho com música, teatro e dança?  O texto das OCs de Mato Grosso  pondera o tema da seguinte maneira:
"Discutir a polivalência do professor de arte na escola é urgentíssimo e deve ser discutido no  âmbito  das  políticas  públicas,  entre  tantas  outras  questões  importantes. Porém, neste documento  não  se apresentam  essas  questões  de  forma  declarada,  elas  se desvelam  naturalmente  quando  o  educador  se  coloca  pronto  para  cumprir  seu  papel. Portanto, a ideia de sugerir uma Proposta de Arte Integrada nasce muito mais da riqueza de  um  diálogo  artístico,  de  um  partilhamento  entre  as  linguagens  artísticas  do  que  a superação ou abafamento da necessidade urgente dessa discussão."
Obra de José Pereira - Artista Plástico de MT
Com isso, o diálogo artístico citado a cima se apresenta como alternativa para essa integração. Um exemplo: se pretendo desenvolver o tema Cultura Regional em MT, em música abordo os ritmos, no teatro as peças de humor e os atores e personagens que trabalham o regionalismo, em dança as danças folclóricas, já em artes plásticas vida e obra dos artistas plásticos matogrossenses. Para a culminância  dos trabalhos pode-se realizar um festival cultural com várias apresentações, cada grupo se apresenta com uma linguagem. Só uma ideia... Integrar as artes é isso, abordar um tema e partindo deste tema desenvolver atividades que envolvam todas as linguagens artísticas.
Então é isso, caros arte-educadores, mãos à obra e um bom trabalho.


Elen L. Prates

quarta-feira, 16 de março de 2011

Aula de dança nas escolas

Dança... divertimento ou conhecimento?

Novo Telecurso - Ensino Médio - Música - Aula 01 (1 de 2)

Devemos trabalhar as quatro linguagens artísticas, por isso postei este vídeo sobre música.Infelizmente não consegui encontrar de DANÇA, caso alguém encontre, por favor socialize.

Novo Telecurso - Teatro - Aula 02 (1 de 2)

Agora vamos abordar o tema teatro!

Novo Telecurso - Artes Plásticas - Aula 03 (2 de 2)

Encontrei vários vídeos do Novo Telecurso - Artes Plásticas. Abaixo vou deixar o link para que possamos encontrar outros com mais facilidade:

Bullying, isso não é brincadeira!


Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesabully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.

"É uma das formas de violência que mais cresce no mundo", afirma Cléo Fante, educadora e autora do livro Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas Escolas e Educar para a Paz (224 págs., Ed. Verus, tel. (19) 4009-6868 ). Segundo a especialista, o bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, vizinhança e locais de trabalho. O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo pode afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa.

Além de um possível isolamento ou queda do rendimento escolar, crianças e adolescentes que passam por humilhações racistas, difamatórias ou separatistas podesm apresentar doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços da personalidade. Em alguns casos extremos, o bullying chega a afetar o estado emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o suicídio.

http://www.youtube.com/watch?v=Ym_X_Pno2EI&feature=related

terça-feira, 9 de novembro de 2010

PLANO DE AÇÃO - FORMAÇÃO EM ARTES

Desenvolvi através do CEFAPRO uma formação continuada com as professoras dos I e II Ciclos de Formação Humana.

RERÊNCIAS DE PESQUISA:
  • Texto:  Arte, Cultura e Educação – Ana Mae Barbosa
  • BARBOSA, Ana Mae. Arte – Educação no Brasil. São Paulo: Perspectiva, 2006
  • FERRAZ/FUSARI –Maria Heloiza C. de e Maria F. de Resende. Arte na educação escolar.São Paulo: Cortez, 1992.
  • BARBOSA, Ana Mae. Inquietações e mudanças no ensino da Arte. São Paulo: Perspectiva, 2008.
  • PCNs+ - Linguagem e suas Tecnologias.
  • Orientações curriculares de Mato Grosso – Linguagens.
  • http://www.arteducacao.pro.br/
  • http://arte.com.educacao.sites.uol.com.br/sextarazaocont.htm
  • POUGY, Eliana Gomes. Criança e Arte. São Paulo: Ática, 2007.
  • PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Ática, 2007.
  • FIEST, Hildergard. Pequena viagem pelo mundo da Arte. São Paulo: Moderna, 1996.
  • www.casadobruxo.com.br/poesia/m/auto1
  • www.youtube.com
  • jerkmag.wordpress.com
  • blogs.diariodepernambuco.com.br
  • revistaepoca.globo.com

PLANEJAMENTO OFICINA AUTORRETRATO




















REFERÊNCIAS DE PESQUISA:
Texto:  Arte, Cultura e Educação – Ana Mae Barbosa
BARBOSA, Ana Mae. Arte – Educação no Brasil. São Paulo: Perspectiva, 2006
FERRAZ/FUSARI –Maria Heloiza C. de e Maria F. de Resende. Arte na educação escolar.São Paulo: Cortez, 1992.
BARBOSA, Ana Mae. Inquietações e mudanças no ensino da Arte. São Paulo: Perspectiva, 2008.
PCNs+ - Linguagem e suas Tecnologias.
Orientações curriculares de Mato Grosso – Linguagens.
http://www.arteducacao.pro.br/
http://arte.com.educacao.sites.uol.com.br/sextarazaocont.htm
POUGY, Eliana Gomes. Criança e Arte. São Paulo: Ática, 2007.
PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Ática, 2007.
FIEST, Hildergard. Pequena viagem pelo mundo da Arte. São Paulo: Moderna, 1996.
www.casadobruxo.com.br/poesia/m/auto1
www.youtube.com
jerkmag.wordpress.com
blogs.diariodepernambuco.com.br
revistaepoca.globo.com

AUTO-RETRATO
Letra e Música: Fernanda Porto

Sou assim, sem tirar nem por
Num retrato, pb ou cor
Foi um click que me pegou
E num flash me revelou
Vejo a ponta do meu nariz
Sou criança, sou por um triz
Sou afim, seja como for
Me espera, que eu também vou
Pouco doce e muito sal
o meu nome não é mesmo Gal
eu até me acho normal
me arrepio com isopor
Sou daqui, sou desse lugar
Sou assim, o meu porto é mar
Subverto meu coração
Se acredito, eu vou então
Minha musa, é a música
Meu compasso, silêncio e som
Tô de olho no furacão
Arremesso um sim um não
Sou assim pode acreditar
Foi o vento que me ensinou
Quando penso, olho pro mar
Esqueço tudo, sorte ou azar
Sou assim sem tirar nem por
Foi o vento que me ensinou
Sou assim, sou afim
Seja como for
Sou assim, sou afim
Sem tirar nem por

AVALIAÇÃO DA FORMAÇÃO 


Foram 09 apresentações, com elas foi possível constatar a busca pelo conhecimento, a vontade de aprender e fazer melhor. De modo geral foram muitos os pontos positivos, com relação às apresentações: utilização de mídias digitais como fotos, vídeos (filmados e montados), visita virtual a museus, com relação aos planejamentos e execução: muitas ideias criativas, cumprimento do tema inicial, participação efetiva e empolgada dos alunos e alunas, interação de uma turma com outra, aproveitamento da curiosidade da turma sobre o Hallowen para trabalhar as máscaras africanas, contextualização da temática relacionando-a com a realidade dos estudantes.


ALGUMAS FOTOS 


Com seus alunos trabalhando escultura com massa de modelar a partir do tema: Família


Aula da Profª Maria das Graças em seu trabalho com Arte Africana, os alunos confeccionaram máscaras para depois socializar seus trabalhos com outra turma.


























Alunos preparando a argila para a aula sobre de escultura, veja mais sobre a aula clicando no link: http://www.youtube.com/watch?v=XJuYfN25iUc

Alunos da Profª Ismailda animados com a aula de Artes
Uma releitura feita pela aluna da Profª Regiane na culminância de sua aula, onde os alunos e alunas realizaram visitas virtuais em museus

Gostaria de agradecer a tod@s @s cursist@s que participaram da formação com empenho e dedicação. Percebi em vocês o perfil de professor pesquisador. Parabéns, continuem buscando sempre, acreditando que é possível oferecermos uma educação pública com qualidade, estamos no caminho.


Um grande abraço,


Elen Prates
Professora Formadora de Artes
CEFAPRO - Pontes e Lacerda/MT

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Marina,... você se pintou?



Maurício Abdalla 
[1]
“Marina, morena Marina, você se pintou” – diz a canção de Caymmi. Mas é provável, Marina, que pintaram você. Era a candidata ideal: mulher, militante, ecológica e socialmente comprometida com o “grito da Terra e o grito dos pobres”, como diz Leonardo.
Dizem que escolheu o partido errado. Pode ser. Mas, por outro lado, o que é certo neste confuso tempo de partidos gelatinosos, de alianças surreais e de pragmatismo hiperbólico? Quem pode atirar a primeira pedra no que diz respeito a escolhas partidárias?
Mas ainda assim, Marina, sua candidatura estava fadada a não decolar. Não pela causa que defende, não pela grandeza de sua figura. Mas pelo fato de que as verdadeiras causas que afetam a população do Brasil não interessam aos financiadores de campanha, às elites e aos seus meios de comunicação. A batalha não era para ser sua. Era de Dilma contra Serra. Do governo Lula contra o governo do PSDB/DEM. Assim decidiram as “famiglias” que controlam a informação no país. E elas não só decidiram quem iria duelar, mas também quiseram definir o vencedor. O Estadão dixit: Serra deve ser eleito.
Mas a estratégia de reconduzir ao poder a velha aliança PSDB/DEM estava fazendo água. O povo insistia em confirmar não a sua preferência por Dilma, mas seu apreço pelo Lula. O que, é claro, se revertia em intenção de voto em sua candidata. Mas “os filhos das trevas são mais espertos do que os filhos da luz”. Sacaram da manga um ás escondido. Usar a Marina como trampolim para levar o tucano para o segundo turno e ganhar tempo para a guerra suja.
Marina, você, cujo coração é vermelho e verde, foi pintada de azul. “Azul tucano”. Deram-lhe o espaço que sua causa nunca teve, que sua luta junto aos seringueiros e contra as elites rurais jamais alcançaria nos grandes meios de comunicação. A Globo nunca esteve ao seu lado. A Veja, a FSP, o Estadão jamais se preocuparam com a ecologia profunda. Eles sempre foram, e ainda são, seus e nossos inimigos viscerais.
Mas a estratégia deu certo. Serra foi para o segundo turno, e a mídia não cansa de propagar a “vitória da Marina”. Não aceite esse presente de grego. Hão de descartá-la assim que você falar qual é exatamente a sua luta e contra quem ela se dirige.
“Marina, você faça tudo, mas faça o favor”: não deixe que a pintem de azul tucano. Sua história não permite isso. E não deixe que seus eleitores se iludam acreditando que você está mais perto de Serra do que de Dilma. Que não pensem que sua luta pode torná-la neutra ou que pensem que para você “tanto faz”. Que os percalços e dificuldades que você teve no Governo Lula não a façam esquecer os 8 anos de FHC e os 500 anos de domínio absoluto da Casagrande no país cuja maioria vive na senzala. Não deixe que pintem “esse rosto que o povo gosta, que gosta e é só dele”.
Dilma, admitamos, não é a candidata de nossos sonhos. Mas Serra o é de nossos mais terríveis pesadelos. Ajude-nos a enfrentá-lo. Você não precisa dos paparicos da elite brasileira e de seus meios de comunicação. “Marina, você já é bonita com o que Deus lhe deu”.




[1] Professor de filosofia da UFES, autor de Iara e a Arca da Filosofia (Mercuryo Jovem), dentre outros

terça-feira, 21 de setembro de 2010

ADEUS AMOR...

     Toda vez que me deparo com a morte vejo o filme da minha vida passando na minha frente. A vida, ah a vida... quantos já passaram por ela ampassã, outros estiveram por aqui durante décadas ou até pouco mais de um século. Os que se foram me deixaram a espreita de meu gran finale, e que ele demore muito a chegar afinal, o melhor da festa é aguardar por ela, estou aguardando, me preparando para esta “festa” mórbida e solitária.

    Mas é impossível falar da passagem sem lembrar da solidão. Esse sentimento nos envolve e nos enlaça a medos e incertezas. A ausência de quem se gosta nos deixa assim, sem chão, sem ar e com os olhos chuvosos como num dia de março que anuncia o final de mais uma etapa. Lágrimas de chuva, como canta Paula Toller, molham bem mais que vidros de janelas, molham a alma que sofre de um mal sem cura... a morte.

    O medo da morte não vem apenas do abandono daqueles que se foram, ele vem dos que vão ficar sem amparo, dos filhos, mães, amigos... vem da dor do outro. Vivemos para ver a felicidade dos que nos cercam e o fim nos coloca na reta final, sem prorrogação.

    Vale lembrarmos que cada vez que nos deparamos com a morte recebemos um presente, embalada numa linda caixa dourada a vida se faz notar, temos tempo ainda! Olhamos a nossa volta e nos vemos rodeados de pessoas que valem a pena, pessoas de luz que aos nossos olhos brilham de amor, ainda temos tempo de dizer: Vivo por você! Você é muito importante para mim! Amo você!
  
     Precisamos deixar as coisas no lugar, declarar ao mundo nosso amor com palavras e ações. Chega de deixar para amanhã, esse amanhã pode não existir e então só restará o amargo gosto do fim...
O que você está esperando? O amor te espera bem aí, do seu lado. Seja feliz hoje!

Elen L. Prates

domingo, 12 de setembro de 2010

Missão Cumprida

     Finalmente concluímos os textos da Orientações Curriculares de Mato Grosso! As OCs. Depois de muitas discussões, considerações, contribuições e sistematizações o texto foi concluído em sua etapa final para a impressão.
       O lançamento das OCs de Mato Grosso está marcada para dia 27/09/2010, após esta etapa acontecerá seu estudo nas escolas com a colaboração dos Cefapros. 
     Vale ressaltar que as OCs não possuem um caráter de documento finalizado, a proposta é que este seja um trabalho contínuo de revisão e atualização por parte das escolas, dos Cefapros e dos GTs. Esta é uma proposta inédita em todo o país, estamos construindo as diretrizes da base de nossa educação no estado com a cara dos profissionais que estão no "chão da escola", como diria nossa Secretária de Educação Rosa Neide. Sem que se abandone os fundamentos das áreas de conhecimento, das especificidades e modalidades da Educação do Estado de Mato Grosso.
      Com tudo isso vislumbra-se uma nova etapa para o ensino mato-grossense. Que todos e todas profissionais da Educação Básica abracem essa idéia! Sucesso a tod@s nós!
  


Elen L. Prates

terça-feira, 17 de agosto de 2010

As cores de Acorizal

Palavras sobre Arte-educação

Ser Arte Educadora é mais que dizer quais são as cores primárias, secundárias e terciárias. Ser Arte Educadora é oportunizar um mundo novo cheio de descobertas, é tirar o educando do “casulo” como a borboleta que sai ao mundo mostrando seu colorido, sua fragilidade, sensibilidade, alegria e vida! É envolver-se acreditando que é possível a mudança dentro de cada ser humano que encontrarmos em cada sala de aula por onde passarmos. Mudança esta que só será possível porque a criatividade estará lá, em todo ser humano, pronto para eclodir, só se faz necessário alguém que auxilie nessa eclosão, este é o papel do Arte Educador.
No decorrer do curso de Educação Artística – Habilitação em Artes Plásticas, buscávamos fórmulas de como ensinar arte, qual seriam as técnicas necessárias para tal prática? Todas as tentativas em busca da melhor forma de desempenhar o papel de Arte-educador foram em vão! Ao nos preparar para as aulas do estágio pensávamos: como faremos? Estou pronta? Nunca estaríamos...Não da forma como gostaríamos  de estar.
A Arte-educação perpassa por caminhos muito mais ligados á própria sociedade do que em desenvolver talentos artísticos dos alunos. Não digo isso acreditando que a arte não esteja ligada às aulas práticas, onde o aluno desenvolve sim técnicas, mas o arte-educador deve utilizar desse artifício para que a Arte seja desenvolvida no sentido real da palavra.

“A Arte é a força cuja finalidade deve desenvolver a alma humana”. Vassily Kandinsky (Bertello, p. 36, 2004)

A criatividade do homem se desenvolve no contexto cultural, em uma realidade social, onde será moldado o próprio valor da vida, desenvolvendo dois pólos de uma mesma relação: a sua criatividade e sua criação.
           Percebemos que a arte-educação é fundamental no processo de aprendizagem, no desenvolvimento da criatividade e mais precisamente na construção do ser cidadão em cada aluno, esse fator é fundamental na preparação do educando para o processo seletivo.
            Não podemos simplesmente “ensinar” os educandos, mas devemos desenvolver ações que possam conduzir o alunado ao conhecimento, utilizando a avaliação constante no decorrer da aprendizagem; oferecendo formas de auto-conhecimento através da Arte-educação, afinal quem conhece sua própria realidade se torna forte, conhecedor de seus deveres e direitos buscando sempre vivenciar sua plena cidadania. Um povo que vê sua cultura como um tesouro valioso, que representa sua história e sua essência é um povo que se reconhece como cidadão. A arte tem papel fundamental nesse reconhecimento.

Elen L. Prates

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Orientações Curriculares de Mato Grosso

Estamos entrando na reta final da construção coletiva das Orientações Curriculares de Mato Grosso.
Segundo o orientativo elaborado pela Secretaria de Educação do Estado de Mato Grosso o objetivo das Orientações Curriculares - OCs é provocar o diálogo entre professor e escola acerca da prática docente, que contribua para a reflexão sobre quais  conhecimentos os alunos precisam construir em cada uma das áreas do conhecimento. 
Muitos foram os momentos de estudo e reflexão coletiva nessa construção, na própria SEDUC (Sueb e Sufp), nos CEFAPROs, em Cuiabá num diálogo entre SEDUC, CEFAPROs e consultores, em seguida os professores que atuam nas escolas estaduais também realizaram estudos reflexivos contribuindo para o documento. 
Foram organizados seminários em instância escolar, municipal e regional. No caso da nossa região o CEFAPRO de Pontes e Lacerda envolve 10 municípios (Pontes e Lacerda, Nova Lacerda, Jauru, Comodoro, Vila Bela da Santíssima Trindade, Conquista D'Doeste, Rondolândia, Figueirópolis, Campos de Júlio e Vale do São Domingos) que estarão reunidos em nosso seminário Regional.

Criou-se também um Grupo de Sistematização das OCs, este GT é formado por Professores Formadores dos CEFAPROs para a organização das contribuições vindas das escolas. 
Abaixo apresento o cronograma de todos estes trabalhos, alguns eventos já aconteceram, outros estão por vir.

Ver pessoas envolvidas, dispostas a construir uma educação com mais qualidade é muito gratificante, contudo nesse processo reflexivo nos deparamos com outras pessoas, aquelas que ainda possuem o discurso em que o culpado por todos os problemas encontrados na educação é sempre do "sistema", são estas mesmas pessoas que se recusam em discutir, oferecer proposituras para fazer dessa diretriz a "cara" da educação mato-grossense. Ignoram que boa parte da responsabilidade pelo ensino e pela aprendizagem é do próprio professor, afinal se isentar da culpa me parece perfil daquele que não é comprometido com seu trabalho. Mas o que ou quem é o sistema? Seria o MEC, a SEDUC, a Gestão escolar? Não somos nós parte desse sistema? Por que é fácil criticar e tão difícil fazer a diferença? Pois fico muito satisfeita em dizer que muitos de nós fazemos a diferença quando refletimos nossa prática, quando estamos nos formando continuamente e fazendo da nossa prática uma oportunidade para a auto-avaliação. Somos muitos, o IDEB mostra isso! Fizemos a diferença e continuaremos fazendo.
Espero que o resultado final dessas Orientações Curriculares do Estado de Mato Grosso sejam concluídas de forma brilhante e que a partir desse documento demarquemos nosso espaço (merecido) na educação brasileira.
Grupo 14 Teatral (EE 14 de Fevereiro) em apresentação no Hotel Fazenda Mato Grosso em ocasião da Formação dos CEFAPROs em agosto de 2009. 


























Elen L. Prates