terça-feira, 21 de setembro de 2010

ADEUS AMOR...

     Toda vez que me deparo com a morte vejo o filme da minha vida passando na minha frente. A vida, ah a vida... quantos já passaram por ela ampassã, outros estiveram por aqui durante décadas ou até pouco mais de um século. Os que se foram me deixaram a espreita de meu gran finale, e que ele demore muito a chegar afinal, o melhor da festa é aguardar por ela, estou aguardando, me preparando para esta “festa” mórbida e solitária.

    Mas é impossível falar da passagem sem lembrar da solidão. Esse sentimento nos envolve e nos enlaça a medos e incertezas. A ausência de quem se gosta nos deixa assim, sem chão, sem ar e com os olhos chuvosos como num dia de março que anuncia o final de mais uma etapa. Lágrimas de chuva, como canta Paula Toller, molham bem mais que vidros de janelas, molham a alma que sofre de um mal sem cura... a morte.

    O medo da morte não vem apenas do abandono daqueles que se foram, ele vem dos que vão ficar sem amparo, dos filhos, mães, amigos... vem da dor do outro. Vivemos para ver a felicidade dos que nos cercam e o fim nos coloca na reta final, sem prorrogação.

    Vale lembrarmos que cada vez que nos deparamos com a morte recebemos um presente, embalada numa linda caixa dourada a vida se faz notar, temos tempo ainda! Olhamos a nossa volta e nos vemos rodeados de pessoas que valem a pena, pessoas de luz que aos nossos olhos brilham de amor, ainda temos tempo de dizer: Vivo por você! Você é muito importante para mim! Amo você!
  
     Precisamos deixar as coisas no lugar, declarar ao mundo nosso amor com palavras e ações. Chega de deixar para amanhã, esse amanhã pode não existir e então só restará o amargo gosto do fim...
O que você está esperando? O amor te espera bem aí, do seu lado. Seja feliz hoje!

Elen L. Prates

Um comentário:

  1. Amei seu texto. Esses fatores estão presentes sempre nossas vidas. A solidão inclusive, é uma das piores coisas que nos acontece. Bjoss amiga, texto nota 10. By: Rafa Oliver

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