terça-feira, 17 de agosto de 2010

As cores de Acorizal

Palavras sobre Arte-educação

Ser Arte Educadora é mais que dizer quais são as cores primárias, secundárias e terciárias. Ser Arte Educadora é oportunizar um mundo novo cheio de descobertas, é tirar o educando do “casulo” como a borboleta que sai ao mundo mostrando seu colorido, sua fragilidade, sensibilidade, alegria e vida! É envolver-se acreditando que é possível a mudança dentro de cada ser humano que encontrarmos em cada sala de aula por onde passarmos. Mudança esta que só será possível porque a criatividade estará lá, em todo ser humano, pronto para eclodir, só se faz necessário alguém que auxilie nessa eclosão, este é o papel do Arte Educador.
No decorrer do curso de Educação Artística – Habilitação em Artes Plásticas, buscávamos fórmulas de como ensinar arte, qual seriam as técnicas necessárias para tal prática? Todas as tentativas em busca da melhor forma de desempenhar o papel de Arte-educador foram em vão! Ao nos preparar para as aulas do estágio pensávamos: como faremos? Estou pronta? Nunca estaríamos...Não da forma como gostaríamos  de estar.
A Arte-educação perpassa por caminhos muito mais ligados á própria sociedade do que em desenvolver talentos artísticos dos alunos. Não digo isso acreditando que a arte não esteja ligada às aulas práticas, onde o aluno desenvolve sim técnicas, mas o arte-educador deve utilizar desse artifício para que a Arte seja desenvolvida no sentido real da palavra.

“A Arte é a força cuja finalidade deve desenvolver a alma humana”. Vassily Kandinsky (Bertello, p. 36, 2004)

A criatividade do homem se desenvolve no contexto cultural, em uma realidade social, onde será moldado o próprio valor da vida, desenvolvendo dois pólos de uma mesma relação: a sua criatividade e sua criação.
           Percebemos que a arte-educação é fundamental no processo de aprendizagem, no desenvolvimento da criatividade e mais precisamente na construção do ser cidadão em cada aluno, esse fator é fundamental na preparação do educando para o processo seletivo.
            Não podemos simplesmente “ensinar” os educandos, mas devemos desenvolver ações que possam conduzir o alunado ao conhecimento, utilizando a avaliação constante no decorrer da aprendizagem; oferecendo formas de auto-conhecimento através da Arte-educação, afinal quem conhece sua própria realidade se torna forte, conhecedor de seus deveres e direitos buscando sempre vivenciar sua plena cidadania. Um povo que vê sua cultura como um tesouro valioso, que representa sua história e sua essência é um povo que se reconhece como cidadão. A arte tem papel fundamental nesse reconhecimento.

Elen L. Prates

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Orientações Curriculares de Mato Grosso

Estamos entrando na reta final da construção coletiva das Orientações Curriculares de Mato Grosso.
Segundo o orientativo elaborado pela Secretaria de Educação do Estado de Mato Grosso o objetivo das Orientações Curriculares - OCs é provocar o diálogo entre professor e escola acerca da prática docente, que contribua para a reflexão sobre quais  conhecimentos os alunos precisam construir em cada uma das áreas do conhecimento. 
Muitos foram os momentos de estudo e reflexão coletiva nessa construção, na própria SEDUC (Sueb e Sufp), nos CEFAPROs, em Cuiabá num diálogo entre SEDUC, CEFAPROs e consultores, em seguida os professores que atuam nas escolas estaduais também realizaram estudos reflexivos contribuindo para o documento. 
Foram organizados seminários em instância escolar, municipal e regional. No caso da nossa região o CEFAPRO de Pontes e Lacerda envolve 10 municípios (Pontes e Lacerda, Nova Lacerda, Jauru, Comodoro, Vila Bela da Santíssima Trindade, Conquista D'Doeste, Rondolândia, Figueirópolis, Campos de Júlio e Vale do São Domingos) que estarão reunidos em nosso seminário Regional.

Criou-se também um Grupo de Sistematização das OCs, este GT é formado por Professores Formadores dos CEFAPROs para a organização das contribuições vindas das escolas. 
Abaixo apresento o cronograma de todos estes trabalhos, alguns eventos já aconteceram, outros estão por vir.

Ver pessoas envolvidas, dispostas a construir uma educação com mais qualidade é muito gratificante, contudo nesse processo reflexivo nos deparamos com outras pessoas, aquelas que ainda possuem o discurso em que o culpado por todos os problemas encontrados na educação é sempre do "sistema", são estas mesmas pessoas que se recusam em discutir, oferecer proposituras para fazer dessa diretriz a "cara" da educação mato-grossense. Ignoram que boa parte da responsabilidade pelo ensino e pela aprendizagem é do próprio professor, afinal se isentar da culpa me parece perfil daquele que não é comprometido com seu trabalho. Mas o que ou quem é o sistema? Seria o MEC, a SEDUC, a Gestão escolar? Não somos nós parte desse sistema? Por que é fácil criticar e tão difícil fazer a diferença? Pois fico muito satisfeita em dizer que muitos de nós fazemos a diferença quando refletimos nossa prática, quando estamos nos formando continuamente e fazendo da nossa prática uma oportunidade para a auto-avaliação. Somos muitos, o IDEB mostra isso! Fizemos a diferença e continuaremos fazendo.
Espero que o resultado final dessas Orientações Curriculares do Estado de Mato Grosso sejam concluídas de forma brilhante e que a partir desse documento demarquemos nosso espaço (merecido) na educação brasileira.
Grupo 14 Teatral (EE 14 de Fevereiro) em apresentação no Hotel Fazenda Mato Grosso em ocasião da Formação dos CEFAPROs em agosto de 2009. 


























Elen L. Prates